Jennifer Franklin
trad. do inglês
Com seu rosto sereno e inclinado que não
denunciará a dor, posso procurá-la outra vez.
Você sempre a amou – a primeira obra de arte
Que você conheceu pelo nome. Toda a semana
Você me trouxe até ela. Desatenta pelo
Vislumbre do mármore e de seu tamanho
Eu não sabia que você estava mostrando a quem
Eu precisava tornar-me para protegê-la
De tudo o que não você não entendia –
A mulher poderosa surgindo acima de tudo,
Tendo de aprender a sentir cada açoite, cada corte
E continuar em pé, com olhos vazios,
Registrando tudo. Você sabia que ela era
A mãe que você precisava, que desnudaria
Seu peito para você e sangraria sem demonstrar
Tristeza nem arrependimento. Eu só espero
Ter aprendido suas lições o quanto antes e você
Não tenha me visto derramar-me em lágrimas. Eu
Deveria pairar sobre você como uma rocha,
Apoiando-me em uma coluna, com o braço
Sobre a cabeça e a ferida estancada. Você
Me quer assim, o terror branco ocultando meus olhos
Vazios, o freio do animal amarrando meu traje rasgado –
Nua, para que visse o côncavo do meu vazio o bastante
Para suportar o peso de todo o seu temor. Eu finjo
Ser ela, em pé sobre as pernas fortes que se recusam
A sustentar-me. Ela não pode amá-la. Se eu tivesse
Toda essa força, você estaria perdida. Ela não iria
Permitir que você enterrasse a cabeça sob o braço amputado,
Em seu peito frio, e cantasse sua canção indistinguível.
Que lindo Lucio!
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